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- A dolorosa tarefa
Diante da imensidade literária que pouco a pouco vamos conhecendo e tentando abarcar, é inevitável o surgimento da mais dolorosa tarefa, a de que dispensar a qual escritor ou obra o tempo que dispomos para destacar em nosso informativo literário e também neste espaço virtual. Uma tarefa dolorosa, mas que revela em sua grandiosa dificuldade uma beleza ímpar enquanto manifestação tangível da capacidade intelectual humana, e de nossa criatividade em favor da própria vida humana. Mesmo o leitor mais principiante neste louvável hábito de ler, defronta-se vez por outra diante desta dificuldade que não deixa de manifestar-se com agradável insistência.
- O inigualável Machado de Assis
Machado de Assis se encontra em nossa galeria de escritores consagrados pela imortalidade das obras, e por isso não podemos de lembrar do dia em que este escritor veio ao mundo para mais tarde contribuir imensamente para a cultura literária brasileira. Foi no dia 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro que nascia Joaquim Maria Machado de Assis, e que viria a se tornar um dos escritores mais célebres e importantes do universo literário brasileiro. Se por acaso nunca leu alguma obra deste escritor, não perca mais tempo e confira algumas dicas de O Leitor. Ressurreição (1872) Memória Póstumas de Brás Cubas (1881) Dom Casmurro (1899) Contos Flumineses (1870) O Alienista O Espelho
- Traição? Capitu e Dom Casmurro
Mesmo depois de muitas décadas, volta-se ao mesmo questionamento quando o assunto é o senhor Dom Casmurro, afinal, Capitolina traiu ou não o seu marido com o melhor amigo deste? Apesar de muita especulação, ficamos sempre na mesma esfera de conjecturas, tentando, miticamente, nos conectar a mente de Machado de Assis no intuito de desvendar a verdade a cerca desta questão. Na obra em questão, o senhor Bentinho, ou Dom Casmurro, quase suicida-se por alimentar a certeza da traição de sua tão amada esposa, baseado pura e simplesmente nos possíveis traços de semelhança de Ezequiel, nascido de Capitu como sendo seu filho, com os traços de Escobar, seu melhor amigo desde a época dos estudos no seminário. A ordem é não me alongar, mas como Dom Casmurro chegou até esta certeza? Será mesmo que foram as possíveis aparências do filho com o amigo que o levou a esta certeza? Acho que logo teremos alguém do O Leitor desenvolvendo este tema.
- Edição especial para Suassuna
Olá, caro leitor. Como tem sido comum nos últimos meses, a publicação mensal sempre é liberada até o 15º dia do mês, o que neste mês de junho aconteceu novamente. Nesta edição, orgulhosamente homenageamos nosso Patrono, o escritor dramaturgo e poeta Ariano Suassuna. Vale aqui lembrar que logo na fundação deste informativo, seus fundadores entre vários nomes excelentes para a inspiração ao projeto O Leitor, não se demoraram muito em eleger Ariano como Patrono, dando-lhe este título a fim de servir de guia e inspiração aos trabalhos exercidos pelo informativo literário O Leitor. Acesse a publicação na link www.oleitor.info/ultima-edicao/ .
- Prêmio Microconto de Ouro
Nosso colaborar Pedro Dóxil está participando do concurso literário "Microconto de Ouro", promovido pela Casa Brasileira de Livros. Com a permissão de Pedro, reproduzo abaixo o microconto com o qual esta concorrendo. O vilarejo para a sanidade Nas alamedas de um vilarejo esquecido pelo desenvolvimento tecnológico moderno, rodeado por frondosas montanhas enegrecidas pela mata selvagem e fechada, vislumbra o nascer do sol num dia de verão, o único jovem que não deseja sair desta estagnada cidadela. O motivo não é outro senão a sanidade. Pedro Dóxil
- Prêmio Princesa das Astúrias das Letras 2023
Na 43º edição deste prêmio, que homenageia escritores e artistas destacados na contemporaneidade dentro deste universo da literatura, o agraciado foi o escritor japonês Haruki Murakami, escritor de obras como Crônica do Pássaro de Corda e Kafka à beira mar. É interessante observar a riqueza literária encontrada em escritores de outras culturas, o que nos ajuda ainda mais a entender a universalidade desta "linguagem" para a civilização humana. Abaixo, uma sinopse da obra Crônica do Pássaro de Corda de Murakami que possui tradução para o português: Toru Okada é um jovem casado e sem filhos, que leva uma vida banal em Tóquio. Quando seu gato desaparece, ele vê seu cotidiano se transformar. A partir disso, personagens cada vez mais estranhos começam a aparecer, transformando a realidade em algo digno de sonho. Com seus fantasmas invadindo o mundo real, Toru Okada é obrigado a enfrentar os problemas que carregou consigo por toda a vida. Conjugando os elementos mais marcantes da obra de Haruki Murakami, Crônica do Pássaro de Corda fala sobre a efemeridade do amor, a maldade que permeia a sociedade moderna e o legado violento que o Japão trouxe de suas guerras.
- O fantástico Sir Conan Doyle
Foi no dia 22 de maio de 1859 que nasceu este escritor imortal na literatura universal, especialmente pelo gênio impregnado em seu mais famoso personagem, o intrépido detetive particular Sherlock Holmes. Acredito que a grande maioria das pessoas de nosso tempo já ouviram falar deste personagem, e um boa parcela já tenha tido contato com algum livro das aventuras de Holmes e seu amigo Watson. É admirável que passadas décadas de suas publicações, suas aventuras ainda captam a simpatia de quase todos os que leem estes livros. A genialidade de Sir Conan Doyle encontrou aquele ponto certo e que muitos trabalham a vida para encontrar, aquela janela aberta que dá acesso ao imaginário de todos em todos os tempos. É algo difícil de se encontrar na literatura, onde muitas obras acabam guardadas em se próprio tempo e que não ultrapassam esta barreira temporal. Na sessão Biografias deste site, você encontrará mais informação a cerca da vida deste grande escritor. Acesse e confira também algumas obras que listamos deste escritor.
- Seguimos neste universo
Orgulha-me cada edição do informativo literário que conseguimos publicar. Estamos na 11ª edição, e cada uma delas abordou temas, livros, comemorações intimamente ligados ao universo literário. É a natureza deste informativo, abordar o que navega neste universo, o que inebria a mente criadora dos escritores e fomentar em todos quantos possíveis, o vibrante hábito de ler. Estes dias li certo comentário de uma assídua leitora espanhola: Los libros son lo hábito más valoroso que la humanidad há creado. E como podemos duvidar? Somos a prova viva de que existem homens e mulheres que concordam plenamente com esta afirmação.
- Nanquinote de Veríssimo
A 10ª edição de O Leitor, trouxe a figura de Miguel de Cervantes e sua obra prima Dom Quixote de La Mancha, o que me fez recordar de uma criação imaginativa de outro escritor, Érico Veríssimo. Em uma de suas obras, vimos surgir um curioso "amigo" de Veríssimo, o Nanquinote, que na imaginação do escritor, era sua caneta de nanquim que ganhava vida e interagia com ele nos momentos de aparente esterilidade criativa. O Nanquinote não necessariamente foi inspirado em Dom Quixote, mas suas características imaginativas o fizeram próximo deste personagem espanhol.
- O Romance brasileiro existe?
A edição que será publicada agora em maio do informativo O Leitor, trará a temática da literatura brasileira, e nela podemos nos perguntar sobre o romance nesta chamada "literatura brasileira". Ele existe ou é uma cópia remasterizada dos romances de além-mar? Parece que esta questão nunca ficou totalmente sepultada, mas pelo contrário, sempre assombrou os estudantes em literatura, especialmente quando falamos de escritores fundadores da literatura brasileira em seu conjunto, como Machado de Assis, José de Alencar, Eça de Queiroz, Mário Palmério, José Lins do Rego, entre outros. Claro que as obras destes citados trazem nomes, lugares, características conhecidas em nosso país, mas o gênero romance conseguiu se desprender daquilo que fora trazido da Europa pelos portugueses, por exemplo? É uma questão para muitos inadequada de ser levantada, mas pode nos auxiliar a pensar sobre como seria um gênero romance mais emancipado o possível de características exteriores as de nossa nação.
- Novo colaborador
Para a edição do mês de maio que ainda está sendo preparada, terei a imensa satisfação em começar minha participação neste projeto de incentivo à leitura e ao mundo literário. Por enquanto minhas contribuições serão tímidas, mas que podem crescer na medida de minha maior disponibilidade e assim como a Direção do informativo achar conveniente. Então é isso. Espero que possa corresponder ao esperado. E viva aos leitores!
- Imoralidade na literatura: Censurar ou permitir?
Diante da repercussão que obteve certa decisão de uma universidade aqui no Brasil de retirar da lista de livros exigidos para o vestibular deste ano, acredito ser necessário refletir sobre a questão: A imoralidade deve ser censurada ou permitida na literatura? Penso que devemos primeiramente separar algumas coisas aqui nesta questão. Primeiro concordar que quando falamos em "literatura" estamos falando de um universo muito abrangente, que não se reserva a uma dimensão ou campo sensível da sociedade apenas, e por isso podemos falar de literatura médica, literatura oriental, literatura filosófica, e também de literatura pornográfica ou erótica. Depois, a decisão de censurar nunca parece agradável, pela natureza mesma da atitude, pois reflete a decisão autoritária de reprimir a liberdade de alguém em acessar determinada coisa ou, neste caso, livro. A censura é algo indesejável por atingir a liberdade de alguém, mas em si ela não deveria ser tratada como a "nomenclatura do mal", pois atos de censura fazem parte da natureza humana desde que nascemos, e talvez desde que o ser humano começou a tomar consciência de si mesmo. Na maioria das vezes ela existe como pequenas atitudes de autopreservação, ou autodefesa ou defesa dos mais próximos e mais fracos. Por isso, não consigo entender como seria possível a conceituação negativa de forma pétrea deste termo, como totalmente execrável da vida humana. O que penso que precisamos fazer de modo geral, é analisar o que se está tentando censurar e por quais motivos. Então temos o caso do conteúdo deste comentário. Numa sociedade é aceitável que os costumes acabem por animarem-se por novidades que surgem ao longo do tempo, o que não parece o caso aqui. Kant já esclarecia que o ser humano racional consegue entender a necessidade de normas morais como corresponsabilidade com os demais. Nesta sociedade pós moderna, parece que estamos deixando de lado este filósofo que não faz muitos anos, era a sensação do momento. Moralidade é característica não só de uma sociedade sadia, mas de um ser humano evoluído racionalmente, capaz de afastar-se cada vez mais da irracionalidade dos animais e muito mais ainda da vida vegetativa. Tendo isso, não posso pensar outra coisa a respeito deste tema e consequentemente do caso ocorrido que motivou esta publicação, senão que o conteúdo do livro censurado é classificado como literatura pornográfica, que em si tem direito de existir, mas que moralmente não deve ser exigido como leitura obrigatória por "censurar" a liberdade de quem também entende que este conteúdo não segue uma moral responsável com a sociedade plural.