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- Imoralidade na literatura: Censurar ou permitir?
Diante da repercussão que obteve certa decisão de uma universidade aqui no Brasil de retirar da lista de livros exigidos para o vestibular deste ano, acredito ser necessário refletir sobre a questão: A imoralidade deve ser censurada ou permitida na literatura? Penso que devemos primeiramente separar algumas coisas aqui nesta questão. Primeiro concordar que quando falamos em "literatura" estamos falando de um universo muito abrangente, que não se reserva a uma dimensão ou campo sensível da sociedade apenas, e por isso podemos falar de literatura médica, literatura oriental, literatura filosófica, e também de literatura pornográfica ou erótica. Depois, a decisão de censurar nunca parece agradável, pela natureza mesma da atitude, pois reflete a decisão autoritária de reprimir a liberdade de alguém em acessar determinada coisa ou, neste caso, livro. A censura é algo indesejável por atingir a liberdade de alguém, mas em si ela não deveria ser tratada como a "nomenclatura do mal", pois atos de censura fazem parte da natureza humana desde que nascemos, e talvez desde que o ser humano começou a tomar consciência de si mesmo. Na maioria das vezes ela existe como pequenas atitudes de autopreservação, ou autodefesa ou defesa dos mais próximos e mais fracos. Por isso, não consigo entender como seria possível a conceituação negativa de forma pétrea deste termo, como totalmente execrável da vida humana. O que penso que precisamos fazer de modo geral, é analisar o que se está tentando censurar e por quais motivos. Então temos o caso do conteúdo deste comentário. Numa sociedade é aceitável que os costumes acabem por animarem-se por novidades que surgem ao longo do tempo, o que não parece o caso aqui. Kant já esclarecia que o ser humano racional consegue entender a necessidade de normas morais como corresponsabilidade com os demais. Nesta sociedade pós moderna, parece que estamos deixando de lado este filósofo que não faz muitos anos, era a sensação do momento. Moralidade é característica não só de uma sociedade sadia, mas de um ser humano evoluído racionalmente, capaz de afastar-se cada vez mais da irracionalidade dos animais e muito mais ainda da vida vegetativa. Tendo isso, não posso pensar outra coisa a respeito deste tema e consequentemente do caso ocorrido que motivou esta publicação, senão que o conteúdo do livro censurado é classificado como literatura pornográfica, que em si tem direito de existir, mas que moralmente não deve ser exigido como leitura obrigatória por "censurar" a liberdade de quem também entende que este conteúdo não segue uma moral responsável com a sociedade plural.
- Nota sobre o ataque na Escola em Blumenau
O informativo literário O Leitor, através de sua Equipe, comove-se e une-se em solidariedade para com os familiares das crianças brutalmente assassinadas dentro do ambiente escolar. Entendemos o valor da vida e a sacralidade do espaço educativo, que em nada deve ser maculado por gestos de violência, especialmente desta magnitude e horripilante crueldade. Nossa solidária união em espírito com todos os que hoje choram com este verdadeiro atentando à vida humana e ao espaço de crescimento humano e cultural.
- Nota oficial sobre a Nicarágua
O informativo literário "O Leitor" associa-se à Academia Brasileira de Letras e, consequentemente, à Academia Equatoriana da Língua em repúdio veemente à ditadura exercida pelo ditador Daniel Ortega, que persegue a liberdade individual e amordaça o livre exercício da arte e da cultura. Segue íntegra da nota da Academia Equatoriana da Língua: A Academia Equatoriana de Línguas expressa seu repúdio à nova manifestação da barbárie que caracteriza o regime de Daniel Ortega e Rosario Murillo na Nicarágua, tendo despojado de sua nacionalidade, usurpado seus bens e submetido centenas de patriotas ao exílio ou à prisão nicaragüenses – defensores da liberdade e direitos humanos –, entre eles, intelectuais de prestígio como Sergio Ramirez Mercado e Gioconda Belli. Pátria de Sandino, Rubén Dario, Ernesto Cardenal e Carlos Mejia Godoy é hoje estigmatizada por uma ditadura que continua persistentemente a cometer crimes contra a humanidade como os indicados, enquanto, sob uma falsa verbosidade progressista, disfarça a sua verdadeira face que, na substância e na forma, torna-se conspícua herdeira da tirania somozista. A Academia Equatoriana da Língua convoca seus pares do mundo pan-hispânico a condenar este novo ultraje do regime de Ortega, que também eliminou da vida civil a Academia Nicaraguense de Línguas, apelo que formulamos em defesa da cultura, da liberdade, da paz e os valores da civilização. Susana Cordeiro de Espinosa Diretora Francisco Proano Arandi Secretário
- O feminino na literatura
Olá, caro leitor. Já encontra-se disponível a 9ª edição do O Leitor, para este mês de março. Aproveitamos a comemoração do Dia Internacional da Mulher para destacar esta característica feminina no universo literário. E por isso, lembramos especialmente de dois nomes bem conhecidos na literatura, duas escritoras que fazem parte de todas as listas de leituras obrigatórias. Acesse no menu Edição atual e confira.
- James Bond: A adulteração não é o caminho
Recentemente a Equipe do informativo O Leitor (EOL), emitiu uma nota pública sobre uma decisão do grupo editorial responsável pelas obras de Roald Dahl, de alterarem algumas expressões e palavras das obras originais deste autor, sob o argumento de retirar termos e expressões que hoje "seriam" preconceituosas. A nota em questão emitiu o juízo deste informativo, de completa discordância quanto a decisão de adulteração (mesmo que mínima) de qualquer obra de relevância mundial sob pretextos duvidosos, envoltos em pressões ideológicas e políticas. Alguns dias depois, a imprensa noticia a decisão de outro grupo editorial em ousar reescrever obras de autor consagrado, este pelo personagem fictício conhecido pelo mundo todo. Falo das obras de Ian Fleming, autor das aventuras de James Bond, espião do serviço secreto inglês. Conforme matéria da revista Veja, de 27 de fevereiro de 2023, "os livros de James Bond serão reeditados para remoção de referências raciais ofensivas contra negros..." (https://veja.abril.com.br/cultura/livros-de-james-bond-removem-preconceito-de-novas-edicoes-com-ressalvas/). Entendemos que o racismo enquanto seletividade grotesca e marginalização existe e é real em muitos lugares do mundo. Mas nós, do informativo O Leitor, não acreditamos que a adulteração de obras clássicas e de valor literário já reconhecido, seja uma ferramenta válida para uma suposta luta contra a discriminação. Dentre muitas análises sobre estes casos (Lobato, Dahl e Fleming), parece claro que a literatura deve sempre permanecer como o escritor a pensou, assim como o livro mais cruel e de práticas perversas não poderia ser proibido institucionalmente em vista de suposta "pureza" social nos costumes. A questão reside em como o mal e suas variadas formas é apresentado e interpretado ao leitor e pelo leitor. Como Diretor Geral deste informativo, associando-me a toda a EOL, repudio qualquer forma de adulteração de escritos célebres na literatura. Valderi da Silva Diretor
- Nota a respeito das obras de Roald Dahl
Com sentimento de grande preocupação que, a equipe do Informativo Literário O Leitor, recebeu a notícia da decisão anunciada pela Puffin Books (Inglaterra) de modificar os originais das obras publicadas do escritor infantil Roald Dahl (1916-1990). Os curadores das obras deste escritor, afirmam que é preciso remover os conteúdos considerados agressivos e discriminatórios, algo que segundo eles, não correspondem aos esforços de inclusão de nosso tempo. A equipe deste informativo considera preocupante esta decisão por ser eivada de movimento ideológico político que não deveria tocar em obras originais, especialmente clássicos da literatura que fazem parte do Panteão literário mundial. Ainda consideramos esta decisão uma evidente afronta ao exercício livre do escritor que agora vê-se encurralado diante de possíveis pressões organizacionais e políticas, travando o próprio exercício da arte, que sempre elevou a cultura humana e que já produziu tantos tesouros a serem estudados como fontes originais, e não como falsificações convenientes ao tempo. Expressamo-nos por entender que, qualquer tipo de cerceamento e falsificação na literatura pode sempre levar-nos a um fim indesejado. E.OL.
- Você conhece...?
Estamos ainda em fevereiro e a equipe do informativo já está pensando no próximo número. E neste próximo uma uma coisa já é certa: Teremos resenha de uma das obras de Clarice Lispector, uma das maiores escritoras do Brasil. Aguarde e não perca!
- O medievo destacado no informativo
Olá, caro leitor. Hoje quero lembrar que na página 3 da 8ª edição do informativo literário "O Leitor", encontramos um artigo sobre a uma visão muito mais realista da educação medieval, segundo a fonte de onde se recolheu esta análise (Europeana). A mim, parece-me sensata a ideia de que precisamos destruir completamente a errônea imagem que por muitos anos se criou a cerca deste riquíssimo período que hoje chamamos de Idade Média. A humanidade hoje presencia o valor da potencialidade artística e intelectual deste período, pesando justamente a capacidade tecnológica que o tempo acompanhou. Ou seja, um mercador por mais bem sucedido que fosse, não dispunha de uma máquina de escrever. Por isso, aqui quero chamar a atenção para este artigo publicado nesta edição do informativo. Pois a cultura eleva-se também pela justiça e sensatez histórica com aquilo que fora menosprezado.
- 1º número de 2023
Amanhã, dia 14 de fevereiro será publicado o primeiro número do informativo literário "O Leitor", deste ano de 2023. Não percam!
- Leia mais em 2023
Olá, caro leitor. Parece que fica cada dia mais claro para uma grande maioria a necessidade de investirmos tempo na leitura. Mesmo com a ociosidade referente a este hábito, especialmente pelo mau uso das tecnologias modernas, é reconfortante saber que muitos jovens esforçam-se por adquirir maior cultura literária. Uma ajudinha sempre vem daquela famosa "lista de leitura" que podemos elencar para um novo ano, levando em consideração os temas de interesse, o tempo que poderemos dispor durante o dia e o objetivo que se deseja alcançar com este exercício. Vale muito a pena tentar! Boa leitura.
- O 3º ano do Informativo
Olá. O primeiro número do III ano do informativo literário será publicado em fevereiro. Aguardem.
- 2023... tempus fugit
Caros leitores. Começo desejando a todos um feliz e próspero ano novo. Apesar de minha pessoal ceticidade quanto à esta temporal e matemática mudança no calendário, confesso que a desculpe para ser propicia para um novo impulso, seja pessoal como profissional. De fato, acredito que podemos aproveitar este novo ano civil que se inicia para novos propósitos que enriqueçam nossa bagagem cultural e moral, e como não poderia de ser, desejaria que todos pudessem enumerar para si mesmos, em forma de propósito, uma lista de leituras para este ano, algo que sempre pode enriquecer o espírito. O "tempo foge" entre nossos dedos, ele não para e nem espera nosso lerdo raciocínio, por isso, não hesitemos em elaborar algo para nossa evolução cultural e moral neste novo ano que se inicia. Uma nova oportunidade de descobrirmos o que ainda não chegou até nossas mãos. Vamos em frente!