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Julio Cortázar, escritor argentino

Batizado com o nome de Julio Florencio Cortázar, nascido em 26 de agosto de 1914, faleceu no dia 12 de fevereiro de 1914. Nasceu em Ixelles (Bégica) e morreu em Paris (França), mas assumiu a nacionalidade argentina.


Ele é considerado um dos autores mais inovadores e originais de sua época, mestre da história, prosa poética e conto em geral e criador de romances importantes que inauguraram uma nova maneira de fazer literatura no mundo hispânico, quebrando os moldes clássicos através de narrativas que escapam à linearidade temporal. Como o conteúdo de seu trabalho viaja na fronteira entre o real e o fantástico, ele geralmente é colocado em relação ao realismo mágico e até ao surrealismo.


Ele viveu sua infância e adolescência e maturidade incipiente na Argentina e, desde os anos 50, na Europa. Ele morou na Itália, Espanha, Suíça e França, onde se estabeleceu em 1951 e montou algumas de suas obras.


Do conjunto de sua obra, ficou famosa a Historias de cronopios y de famas, 1962 (miscelâneas) (Histórias de Cronópios e de Famas, 1964, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Valise de Cronópio, 1974, São Paulo: Perspectiva). O livro Histórias de Cronópios e de Famas foi escrito por Cortázar em Roma e Paris, no período de 1952 a 1959, mas foi publicado em 1962. Ofereceu uma espécie de reinvenção do mundo através de seus personagens, os "cronópios", os "famas" e as "esperanças", que alcançam sensibilidade e fascínio na medida em que traduzem a psicologia humana.


Os cronópios, segundo Cortázar, são criaturas verdes e úmidas, distraídas, e sua força é a poesia. Eles cantam como as cigarras, indiferentes ao cotidiano, esquecem tudo, são atropelados, choram, perdem o que trazem nos bolsos e, quando saem em viagem, perdem o trem, chove a cântaros, levam coisas que não lhes servem.


Os famas, pelo contrário, são organizados e práticos, prudentes, fazem cálculos e embalsamam sua lembranças; quando fazem uma viagem, mandam alguém na frente para verificar os preços e a cor dos lençóis.


As esperanças "são sedentárias e deixam-se viajar pelas coisas e pelos homens, e são como as estátuas, que é preciso ir vê-las, porque elas não vêm até nós".

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